O poeta curitibano Paulo Leminski foi um dos grandes ícones da poesia. Ousado, cínico, político, engraçado, surpreendente, e banal, assim podemos apenas de leve definí-lo. Boêmio invertebrado, músico, tradutor, professor e judóca: Isso é só mais um pouco. Estudioso da língua e cultura japonesa, escreveu e difundiu o haikai. Estreiou aos 18 anos de idade, gemendo e cuspindo poesia concreta. Desencarnou no ano de 1989. Sua obra literária exerce imensa influência nos movimentos poéticos.
Leia Leminski:
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
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podem ficar com a realidade
esse baixo astral
em que tudo entra pelo cano
eu quero viver de verdade
eu fico com o cinema americano
Veja Leminski:
postado por Zé Eduardo Calcinoni
Um comentário:
É de Paulo Leminski a frase:
"O poeta não é uma excressência ornamental, ele é uma necessidade física de uma sociedade"
É mais ou menos assim.
Bruna Zarocinski, estudante.
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