Os empreendedores e os ambientalistas estão falando a mesma língua
Típico de lugares quentes, símbolo de charme e delicadeza. É a beleza representada por galhos delgados e espalhados, formando um suave telhado vegetal em suspensão. Quando floresce, na primavera, deixa um contraste inebriante na paisagem de qual faz parte. Seja de flores amarelas, vermelhas ou rosas, não tem como não perceber a graça do Flamboyant.
Entre os anos 60 a 80 do século passado, o então jovem Nilton Torres da Silveira fazia um trajeto de trezentos quilômetros ao menos uma vez por mês, de Joinville a Tubarão. A metade do caminho fazia valer todo o esforço da viagem e todo o mês de espera para visitar os pais: mar calmo, areia clarinha e lindos flamboyants à beira mar, cobrindo a praia de flores vívidas. Todos os males do mundo morriam ali, após aquela imagem contemplada.
O tempo passou e carregou consigo a formosa paisagem. Em seu lugar, brotaram prédios frios e cinzentos. A globalização chegara e a nova ordem era fazer dinheiro e expandir o país.
Quem passa hoje pela BR 101, sentido norte ao sul, forma outra lembrança das terras de Biguaçu. Mar turvo, redes segurando milhões de mariscos e várias casas na beira-mar. A areia é escura e nem um pouco atrativa para o banho. É imagem ao fundo quem chama a atenção : a insular capital catarinense.
Quem passa hoje pela BR 101, sentido norte ao sul, forma outra lembrança das terras de Biguaçu. Mar turvo, redes segurando milhões de mariscos e várias casas na beira-mar. A areia é escura e nem um pouco atrativa para o banho. É imagem ao fundo quem chama a atenção : a insular capital catarinense.
Em vários pontos do país, lindas paisagens estão sendo substituídas por residências, parques industriais e mega centros de compras, como hipermercados, por exemplo. Rios dentro do espaço urbano nada mais são que esgotos em larga escala, como o Tietê, na capital paulista; o Belém, em Curitiba e o Cachoeira, aqui em Joinville.
Além dos Flamboyants de Biguaçu, Nilton, 63 anos, recorda-se da Confeitaria Dietrich, que até os anos 80 ficava na famosa esquina da rua do Príncipe com a Princesa Isabel. O local, mais conhecido pela árvore que forrava seu telhado, distribuindo flores pela calçada, era o ponto de encontro da juventude joinvilense. “Os sorvetes nas taças de vidro eram tão gostosos quanto apreciar aquela cena”, lembra seu Nilton. Hoje o local é um amplo e gélido estacionamento.
Na mídia em geral, é comum ouvir debates e ler reportagens sobre a necessidade de se plantar árvores, de se fazer exercícios ao ar livre para o bem da população e do meio ambiente. Depois de tanto desperdício de energia e de beleza a nova ordem é empreender, mas sem prejudicar o equilíbrio da natureza, que é a seiva da vida.
Na mídia em geral, é comum ouvir debates e ler reportagens sobre a necessidade de se plantar árvores, de se fazer exercícios ao ar livre para o bem da população e do meio ambiente. Depois de tanto desperdício de energia e de beleza a nova ordem é empreender, mas sem prejudicar o equilíbrio da natureza, que é a seiva da vida.
Por Karina Z. Souza
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